Minha Caveira
Meu esqueleto se move, motivado por impulsos elétricos, nervosos, afobados...
Passando por corpos inertes, pessoas comuns em seus trabalhos rotineiros, minha estrutura óssea carrega a massa orgânica como se fosse seu envoltório protetor.
Mas quer... (ah como esses ossos almejam) observar o mundo além dos dentes que se expõem. Além de seus resíduos queratinosos em minhas mãos.
Desejam despertar para a beleza-óssea, que é a beleza interior.
A cada movimento, eles se mexem por dentro da pele, dando um certo formato pontiagudo na bacia, ondulares nas costas, diferentes formatos por toda a carapuça humanóide.
Como se quisessem (secretamente) perfurar essa redoma flexível, mostrar sua brancura, impor-se como estrutura endo-superior.
Eis a alma de toda esse bloco cheio de curvas, sulcos, orifícios...
E sonham, de frente ao espelho, sem que ninguém saiba, em refletirem um pouco mais à cada dia...
Se mostrarem como obras-primas sob a pele, como tatuagens internas, querendo rasgar as fibras que os prendem e serem livres de verdade, sem precisarem dos vermes para ajudá-los.
Se contentam em timidamente, por entre um decote e outro, escaparem para adornar a paisagem corpórea... Como um acessório de valor imperceptível... Uma jóia oculta, coberta por um véu pálido acetinado...
Meu esqueleto se move, motivado por impulsos elétricos, nervosos, afobados...
Passando por corpos inertes, pessoas comuns em seus trabalhos rotineiros, minha estrutura óssea carrega a massa orgânica como se fosse seu envoltório protetor.
Mas quer... (ah como esses ossos almejam) observar o mundo além dos dentes que se expõem. Além de seus resíduos queratinosos em minhas mãos.
Desejam despertar para a beleza-óssea, que é a beleza interior.
A cada movimento, eles se mexem por dentro da pele, dando um certo formato pontiagudo na bacia, ondulares nas costas, diferentes formatos por toda a carapuça humanóide.
Como se quisessem (secretamente) perfurar essa redoma flexível, mostrar sua brancura, impor-se como estrutura endo-superior.
Eis a alma de toda esse bloco cheio de curvas, sulcos, orifícios...
E sonham, de frente ao espelho, sem que ninguém saiba, em refletirem um pouco mais à cada dia...
Se mostrarem como obras-primas sob a pele, como tatuagens internas, querendo rasgar as fibras que os prendem e serem livres de verdade, sem precisarem dos vermes para ajudá-los.
Se contentam em timidamente, por entre um decote e outro, escaparem para adornar a paisagem corpórea... Como um acessório de valor imperceptível... Uma jóia oculta, coberta por um véu pálido acetinado...
By Bárbara Stracke
8 comentários:
que ótimo texto!
e a foto? chocante, como pode ter gente realmente achar isso bonito?
beijo!
Bárbara...
muito interessante seu texto...criativo.
o esqueleto puxando para si o foco da beleza interior.
sendo espiritualista, eu tendo a colocar esse foco em nossa natureza oculta, cósmica...
mas...
interessante seu texto...criativo.
beijo!
^^
Isso lembra uma doida com anorexia querendo ficar cada vez mais bonita, vendo seu esqueleto elegante no espelho...isso é aterrorizante,Sinistro,Macabro, Violento (com um pouco de exagero da minha parte rs)
Gostei do texto
sempre criativa
bjos
Oi, Bárbara.
Texto excelente. Perfeito!!!!
Você ta crescendo muito mesmo.
Coitada da magrela aí... não deve aguentar uma boa trepada daquelas de quebrar a cama...
Ah... se isso fosse apreciado...
seria legal esqueletos andando nas ruas sem carne... puro osso...
beijão
Adorei teus textos e tua maneira de escrever Bárbara! Abraços, adicionamos teu blog no Scriptus.
Os textos da Bárbara voltaram... Viva...
o_o' bom mas... VIU, PARA COM ESSA MERDA de emagrecer.
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